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Conhecimento e Inclusão Social: Reflexões na comemoração dos 50 anos do Programa de Pós-graduação em Educação da UFMG

 

Eu já tinha 16 anos como professora da Faculdade de Educação da UFMG quando fui credenciada neste Programa. Nesse período de convívio “de fora”, enquanto cursava o mestrado e o doutorado em outras instituições, testemunhei a constituição da dinâmica do Programa, observando o trabalho de colegas que eram docentes nele credenciados (especialmente o da professora Maria Manuela David, com quem dividia o gabinete) e, sobretudo, acompanhando a formação de outros e outras tantas colegas, amigas e ex-alunas (boa parte, as três coisas ao mesmo tempo), forjada no e forjando o compromisso com a tecedura da tensa e inevitável relação entre Conhecimento e Inclusão Social, que eu já reconhecia assumido por seu corpo docente e discente.

Ainda cursando o doutorado, desempenhei informalmente a co-orientação do trabalho de duas mestrandas, um dos quais eu assumiria oficialmente como co-orientadora e o outro como orientadora principal logo depois de obter o título de doutora, selando assim minha inserção como docente do Programa em uma das três linhas de pesquisa em que ele,então, se organizava: a Linha de Pesquisa em Espaços Educativos, Produção e Apropriação do Conhecimento. A partir de então, fui experimentando as delícias e as agruras do trabalho de orientação, de muitas formas potencializadas pela diversidade de temáticas, perspectivas e oportunidades que a constituição deste Programa oferece às disposições de investigação de quem, como discente ou como docente, interpela e agrega compreensões e repercussões à diversa e controversa relação entre Conhecimento e Inclusão Social, tomada como objeto, propósito e dinâmica da pesquisa que desenvolvemos.

Dez anos após meu credenciamento, eu assumiria a sub-coordenação e depois a coordenação do Programa e, em seguida, a participação e depois a coordenação de sua Comissão de Acompanhamento e Autoavaliação. Passo então a conhecer mais dos modos como o Programa opera institucionalmente e como se articula ao projeto educativo do país, da universidade, da nossa faculdade... Grandes questões nacionais e minúcias de nosso funcionamento interno se apresentam em sua multiplicidade e urgência, clamando por posicionamentos, a serem decididos e assumidos coletivamente, o que requer um permanente estado de convocação do Colegiado, da Equipe Técnica, das Linhas de Pesquisa, das comissões e coletivos de docentes, discentes e técnicas ... para que nossas decisões acadêmicas e político-administrativas também acolham e reflitam os desafios e a fertilidade, as interpelações e as contradições, as exigências e os desdobramentos de assumirmos como eixo de nosso trabalho a diversa, controversa, tensa e inevitável relação entre Conhecimento e Inclusão Social.

Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca (Ção)

Coordenadora do PPGE (2014-2016)

Vice-coordenadora do PPGE (2012-2014)

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